30 de setembro de 2008

Silvo do vento...

Gosto, não controlo e às vezes tenho a sensação de que cresce.
Adoro-o no sentido literal.
Adoro, admiro.
Admiro o que desperta em mim,
o que me faz sentir
e nem se dá conta.
Nem eu.
É tudo novo.
Penso até na possibilidade do impossível.
Redundância que eu...
A
D
O
R
O
.

24 de setembro de 2008

Pasárgada

Em contrapartida aos idealistas utópicos da liberdade, fico com Voltaire:

"Vossa vontade não é livre mas vossas ações o são. Tendes a liberdade de fazer quando tendes o poder de fazer".

19 de setembro de 2008

Obra prima de 1966

Olê, olá - Francisco Buarque de Hollanda

Não chore ainda não
Que eu tenho um violão
E nós vamos cantar
Felicidade aqui
Pode passar e ouvir
E se ela for de samba
Há de querer ficar

Seu padre, toca o sino
Que é pra todo mundo saber
Que a noite é criança
Que o samba é menino
Que a dor é tão velha
Que pode morrer
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Quem sabe sambar
Que entre na roda
Que mostre o gingado
Mas muito cuidado
Não vale chorar

Não chore ainda não
Que eu tenho uma razão
Pra você não chorar
Amiga me perdoa
Se eu insisto à toa
Mas a vida é boa
Para quem cantar
Meu pinho, toca forte
Que é pra todo mundo acordar
Não fale da vida
Nem fale da morte
Tem dó da menina
Não deixa chorar
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Quem sabe sambar
Que entre na roda
Que mostre o gingado
Mas muito cuidado
Não vale chorar

Não chore ainda não
Que eu tenho a impressão
Que o samba vem aí
E um samba tão imenso
Que eu às vezes penso
Que o próprio tempo
Vai parar pra ouvir

Luar, espere um pouco
Que é pro meu samba poder chegar
Eu sei que o violão
Está fraco, está rouco
Mas a minha voz
Não cansou de chamar
Olê olê olê olá
Tem samba de sobra
Ninguém quer sambar
Não há mais quem cante
Nem há mais lugar
O sol chegou antes
Do samba chegar
Quem passa nem liga
Já vai trabalhar
E você, minha amiga
Já pode chorar

15 de setembro de 2008

Óculos de grau

O bom de usar óculos é que se pode olhar para cima e ver os pingos da chuva caindo.

9 de setembro de 2008

Vida, minha vida...

Ao chegar em casa largou as coisas em cima da cama e foi procurar algo para comer. Nada lhe chamou a atenção. Voltou para o quarto, se jogou na cama e se pôs a pensar nas coisas que vinham acontecendo:
- A vida é uma merda!